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Roberto Barbarini e a vocação para ensinar violão clássico

Professor leciona no Centro Cultural Vicente Musselli, em Valinhos, para pessoas a partir dos 12 anos

Gabriel Previtale

A história de Roberto Bianchin Barbarini é uma sinfonia de paixão pela música e dedicação ao ensino. Músico e professor, Barbarini traz em sua trajetória uma vasta experiência que se entrelaça com diferentes gêneros musicais e uma abordagem pedagógica cuidadosa.

Sua jornada musical teve início em um lar permeado pelo som. “Meus pais e irmãos sempre ouviram bastante música em casa. Ouvia-se um repertório bastante eclético, variado. Se por um lado meu pai escutava samba, choro e música erudita, minha mãe escutava Elvis, John Lenon e Tonico e Tinoco. Já os meus irmãos punk rock, música eletrônica e MPB. Meu pai é um bom Violonista de samba, minha mãe cantava… Eu sempre quis ser músico, brincava de música. Deu certo!”, relembra Roberto. Influenciado por essa atmosfera musical, ele se viu atraído pela ideia de se tornar um músico desde tenra idade.

O violão entrou em sua vida concomitantemente aos estudos formais de contra-baixo, aos 12 anos. Roberto estudou com professores talentosos, como Dileuza André e Newton Finardi Jr., o que contribuiu para sua formação sólida e erudita.

Ao longo de sua carreira, Barbarini trilhou um caminho marcado por intensa dedicação e vasto conhecimento. Trabalhou e estudou incansavelmente, lecionando uma variedade de disciplinas musicais e participando de diversas formações musicais, desde bandas de jazz até orquestras de música. “Participei de muitas bandas de jazz, bossa nova, choro, punk rock como guitarrista, violonista, contra-baixista e bandolinista. Como clarinetista e violonista toquei na Orquestra de Câmara e na Orquestra de Música Experimental da PUC Campinas.”

Nos últimos anos, o entrevistado concentrou sua atenção no violão erudito e na guitarra de jazz, além de explorar a teorba para tocar repertórios renascentistas e barrocos. Paralelamente, dedicou-se à composição, explorando diversos gêneros musicais, da música contemporânea à eletrônica.

Em sua abordagem de ensino, Roberto valoriza a tradição da escola do violão clássico, reconhecendo sua eficácia ao longo de dois séculos. No entanto, ele ressalta a importância de adaptar sua metodologia às necessidades e interesses individuais de cada aluno, buscando proporcionar não apenas aprendizado, mas também liberdade e felicidade por meio da música.

Entre os desafios enfrentados pelos alunos, o violonista destaca a alfabetização musical e a resistência à instrução formal. Sua missão é desmistificar esses temas e tornar o aprendizado da música acessível e prazeroso para todos. “Obviamente é um estudo complexo e exigente, entretanto existem muitos mitos acerca desse tema. Não é difícil, só é um trabalho de alfabetização”, explica o professor de violão.

Para o músico, a prática regular é essencial para internalizar o violão como uma extensão do corpo e do pensamento. Ele enfatiza a importância de tornar o instrumento parte integrante de si mesmo, um processo que requer uma vida inteira de dedicação e aprendizado contínuo. Roberto leciona no Centro Cultural Vicente Musselli, em Valinhos, para pessoas a partir dos 12 anos, compartilhando seu conhecimento e paixão pela música com uma nova geração de talentos em ascensão. Sua abordagem sensível e individualizada reflete seu compromisso em cultivar o amor pela música em cada aluno que tem a sorte de cruzar seu caminho.

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