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SETEMBRO AMARELO E VERDE REFORÇA A IMPORTÂNCIA DA CONSCIENTIZAÇÃO

Campanhas sobre prevenção ao suicídio e doação de órgãos são realizadas durante todo o mês mundialmente

O Setembro Amarelo e Verde começou. Neste mês essas duas campanhas são importantes para conscientizar toda a população sobre a prevenção ao suicídio e a doação de órgãos, dois assuntos distintos, mas que tem sua importância no momento de salvar vidas.

A conscientização oferece a sociedade, as ferramentas corretas para auxiliar os que necessitam de ajuda. Por isso, ações são feitas ao redor do mundo para trazer informações e dados necessários para que a sociedade possa entender mais do assunto.

Setembro Amarelo

Os olhos focados para a luz que vem do semáforo, aguardando o momento em que a cor mude para o verde. Agora, com sua visão voltada para o relógio, percebe que se passaram 40 segundos desde que está parado ali, em sua mente, vem o pensamento: Alguma pessoa no mundo acabou de tirar a própria vida.

Todos os dias, a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio em todo o mundo. Os dados foram divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A campanha sobre a prevenção ao suicídio traz para a sociedade conhecimento sobre os transtornos mentais e as formas de auxiliar quem está passando por isso, ou quem possui algum familiar nesta situação.

Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina organiza em todo o território brasileiro, o Setembro Amarelo. No dia 10 deste mês é oficialmente o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

Segundo pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde em 2019, cerca de 800 mil pessoas cometem suicídio por ano em todo o mundo, para cada um, são 20 tentativas. Sendo a quarta maior causa de mortes entre jovens de 15 a 29 anos depois de acidentes de trânsito, tuberculose e violência interpessoal.

No Brasil, cerca de 38 pessoas tiram suas próprias vidas por dia, uma a cada 45 minutos. É um número grande que demonstra como os problemas com a saúde mental afetam a vida da população. Por esta razão, ações são feitas com o objetivo de alertar a sociedade, para abrir os olhos e entender o que está acontecendo com os jovens.

Todos os anos, o país registra 12 mil suicídios, cerca de 96,8% deles estão relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar é a depressão, seguida de transtorno bipolar e do abuso de substâncias.

A depressão atinge 5% de toda a população adulta do mundo, são 280 milhões de pessoas com a doença, é uma quantidade maior que a população inteira do Brasil.

Cada vida perdida representa um filho, irmão, pai, mãe, um parente próximo ou distante. O sofrimento fica em quem permanece, levando em seus corações as dúvidas, os questionamentos e as tentativas falhas de entender as razões do ato.

Por isso, procurem ajuda e busquem informações para que possam se conscientizar.

Setembro Verde

A campanha traz a importância da doação de órgãos e como ela pode salvar vidas, mas no Brasil ainda existe muita desinformação sobre o assunto. No dia 27 de setembro é o Dia Nacional do Doador de Órgãos.

No país, cerca de 56.487 pessoas aguardam transplantes, a maioria está esperando a doação de um rim.

Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), mostram que a quantidade de procedimentos realizados estava aumentando desde 2017, mas durante a pandemia esses dados recuaram.

Não existe um documento que oficialize a escolha de doar os órgãos, com isso muitas famílias acabam não aceitando o procedimento, prejudicando quem está aguardando nas filas de espera. Em 2021, aproximadamente 42% das famílias não aceitaram doar os órgãos de seus parentes.

Uma forma de melhorar esta situação é conscientizar a família e declarar-se como doador, deixando claro quais são as decisões que devem ser tomadas com seus órgãos. Mais de 56 mil pessoas podem ser salvas, retornando as suas vidas, suas rotinas.

Durante a pandemia, o transplante de órgão sofreu um impacto com as restrições da Covid-19. Em 2020, foram realizados 13.042 transplantes enquanto no ano anterior, foram realizados 23.360 procedimentos. Uma redução de 55% nas doações.

A ABTO identificou queda de 13% no primeiro semestre de 2021, em comparação a 2020. Devido à intensidade de casos da Covid-19, muitos hospitais lotados, cancelamento de cirurgias, esforços e equipes para o atendimento de casos do novo coronavírus. E entre aqueles que aceitaram realizar a doação, houve 44% de contraindicação médica para o procedimento.

A morte encefálica é a definição legal da morte. É a completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro. Isso significa que, com o resultado da lesão grave no cérebro, o sangue que vem do corpo é bloqueado e o órgão morre.

A Universidade do Estado do Pará (UEPA) realizou uma pesquisa no Centro de Saúde Escola do Marco em Belém, com a participação de 136 pessoas, avaliando seus conhecimentos sobre a morte encefálica. Apenas 19,9% tinha compreensão e entendiam sobre o diagnóstico, 85,3% acreditam que o médico tenha errado e que o processo é reversível, e somente 18,4% confiam no diagnóstico clínico.

Entre janeiro e setembro de 2021, foram registrados 5.857 casos de morte encefálica, e 1.451 tornaram-se doadores efetivos, segundo o Ministério da Saúde.

Se informar é a melhor forma de ajudar, o conhecimento proporciona escolhas melhores, decisões em que vidas podem ser salvas. Por isso, durante o mês de setembro se conscientize sobre as questões de transplante de órgãos e como isso pode mudar vidas.

Milhares estão aguardando apenas uma doação para que possam retornar as suas rotinas, sem medo de que algo possa acontecer. Muitos sorrisos podem se abrir apenas com uma escolha correta e consciente. Doe e ajude a salvar vidas.

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