News

Uma a cada 4 pessoas será obesa em 2035

Considerada um dos principais problemas de saúde pública do mundo, a obesidade é uma doença grave. As discussões sobre o assunto são tão importantes que o dia 4 de março foi escolhido como o Dia Mundial da Obesidade. E é sobre isso que gostaria de falar hoje.

A obesidade é uma doença grave. Não é falta de força de vontade, não é desleixo. O Atlas Mundial da Obesidade 2023, divulgado na semana passada pela Federação Mundial de Obesidade (WOF), traz números preocupantes. A projeção é de que, em 2035, 1 em cada 4 pessoas (quase 2 bilhões) será obesa, ou seja, terá Índice de Massa Corporal (IMC) superior a 30. E mais da metade da população mundial, cerca de 4 bilhões, viverá com sobrepeso (IMC entre 25,0 e 29,9). No Brasil, de acordo com a entidade, 41% dos adultos brasileiros terão obesidade em 2035.

Para que você possa entender melhor, a obesidade é um desequilíbrio entre a sensação de fome e a sensação de saciedade, entre a ingesta calórica e o gasto calórico. Ela vai acarretar, durante os anos, novas doenças. Vai provocar comorbidades, como hipertensão arterial, diabetes, apneia do sono, problemas ortopédicos, dores articulares, problemas no colesterol e triglicérides, podendo levar à arterosclerose, à obstrução das artérias, que, no futuro, pode levar a quadros de anginas, infartos e derrames. 

O ideal é que a obesidade seja prevenida já na infância, ensinando uma educação alimentar para as crianças, incentivando-as a consumir alimentos mais saudáveis e a praticar atividade física de uma forma rotineira. Quando já instalada, a obesidade precisa ser tratada. E ela começa a ser tratada com a mudança do hábito alimentar, com dieta e atividade física, mesmo que seja uma caminhada todos os dias. Depois disso, você pode entrar com medicamentos, que vão ajudar na redução do peso, quer seja diminuindo a fome, quer seja aumentando a saciedade. Esses são os tratamentos clínicos, mais conservadores.

Em uma situação mais grave, você pode precisar até de uma cirurgia para obesidade mórbida, que é a chamada cirurgia bariátrica. Este procedimento é indicado para a pessoa que tem obesidade por mais de dois anos, tentou tratamento clínico com endocrinologista, mas não conseguiu emagrecer ou emagreceu e voltou a engordar, e possui IMC acima de 40 ou IMC acima de 35, com doenças provocadas ou agravadas pela obesidade.

Entre o tratamento clínico e a cirurgia bariátrica, há os tratamentos endoscópicos. No Brasil, existem dois procedimentos endoscópicos para tratar a obesidade: o balão intragástrico e a endossutura gástrica. O balão é colocado no estômago, via endoscopia. Ele pode ficar em torno de seis meses.  Na endossutura, você vai costurar esse estômago por dentro, diminuindo seu tamanho e a capacidade gástrica.

Leia anterior

Grupo de jazz valinhense criado na Casa da Cultura comemora seus 30 anos

Leia a seguir

Revivendo Buda!