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Você reprovaria na escola da vida?

Na vida, ao contrário do que muitos dizem, penso que estamos sujeitos a reações e essa postura, essa atitude é tão importante, ou mais, do que a virtude da ação, da iniciativa. Viver é estar vulnerável a contingências da vida, as adversidades, as surpresas. Não adianta você ter a iniciativa de praticar uma corrida em caráter de exercício físico e ficar em casa porque começou a chover. É justamente aqui que adentra o quesito adversidade atrelada a capacidade de reação: o que fazer? Qual a decisão a ser tomada? E você pode me perguntar: “- Mas Thiago, é possível não decidir?” e eu arrisco dizer que não, pois decidir não fazer nada já é uma escolha, já é uma decisão. Vou me utilizar de minha experiência como professor e de minha didática para explorarmos melhor esse tema, venha comigo, por favor.

Em uma escola séria, com um professor comprometido há ali o dever do professor de ensinar um conteúdo específico de uma matéria específica de seu domínio, para tanto ele pode recorrer a uma apostila ou livro, por exemplo, pois bem ele dará o seu melhor em termos de didática para explicar o tema da aula e os exercícios contidos em uma determinada página do livro escolar. Penso que, como dever do professor, não há como virar a página do livro sem resolver os exercícios, sem entendê-los, sem corrigi-los, mesmo que os errando. É necessário entender o que errou, o porquê errou, como errou, para que assim se possa levar consigo o aprendizado daquela aula, daquelas atividades expostas, naquela página, daquele livro escolar.

Creio que não seja diferente com a escola da vida, não há como virar a página dos exercícios, dos problemas dessa escola sem entendê-los, hora acertando, hora errando! Lembre-se: a fatura da vida irá chegar em suas mãos, qual será sua reação? Ou se preferir, a prova corrigida irá chegar até você e mediante ao resultado dela que diz respeito as suas ações e reações, qual será seu estado emocional: o de orgulho por ter aprendido a lição, ou o de descontentamento por ter errado e sequer ter dado importância para o problema mal resolvido? Deboche, pouco caso, omissão, irritabilidade, rancor, ódio… Seriam essas emoções que você carregaria com você ao se deparar com os resultados obtidos na prova da vida, nos problemas que enfrentou e não soube resolver e pior: nem se importando em entender o porquê os errou, o que te impediu de compreender?! A prova da escola da vida chega com frequência até você, a fatura da vida lhe chegará ao término de sua vida (sem adentrar no aspecto metafísico: há ou não vida após a morte, há ou não reencarnação, há ou não purgatório…).

O que você acha sobre o que expus até o momento nesse capítulo, minha querida leitora, meu caro leitor? Faz sentido pretender virar a página uma vez que tenha compreendido o problema, um dos vários problemas, das várias situações com as quais nos deparamos diariamente, nesse livro vasto de exercícios que a escola da vida nos propõe?

Você que está lendo esse capítulo aí agora, tem uma questão mal resolvida em sua vida? O que acha de parar e lembrar-se dela, dos detalhes, da cena e tentar compreender o que ocasionou o ocorrido? Tente não colocar a culpa em terceiros, muito menos colocar em você, troque o termo culpa por: responsabilidade. Pense nisso, amadureça essa proposta reflexiva e pense sobre não virar a página antes de ter resolvido o problema, mesmo errando, mas correndo atrás de compreender o que errou, o motivo que errou e assumindo a responsabilidade das consequências, reitero: não se trata de culpa, mas sim de responsabilidade de ações e principalmente de reações de fatos que não estão, ou não estiveram sob nosso domínio e controle. Um grande abraço.

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