News

Voluntários brigadistas põem, literalmente, a mão no fogo pela cidade

“O degradê do cinza e preto ainda está viva em minha memória”, lamenta bombeiro civil, sobre cenas que viu atuando na Serra dos Cocais

Por Bruno Marques

Leandro Santos Jorgino, tem 38 anos, é técnico em segurança do trabalho e bombeiro civil. Nascido e criado em Valinhos, ele também é voluntário e um dos fundadores do 1° Grupamento de Bombeiros Voluntários de Valinhos (GBVV) desde 2022.
Pela ocasião de sua atuação, juntamente com Andréia Jorgino (pres. ass. GBVV) e Abigail Alves (voluntária), nos incêndios na Serra dos Cocais, esta reportagem entrou em contato com o mesmo para uma entrevista a respeito de suas funções desempenhadas e sobre o que viu destruição no maior bioma de Valinhos.

Por que escolheu atuar como voluntário na função de brigadista?
Escolhi criar a associação depois do grande incêndio que houve na região do Parque Valinhos/Biquinha/Alpinas que assolou a nossa cidade em 2021.
Vendo nos noticiários que estavam bombeiros militares e Defesa Civil na área, decidi subir para ajudar. Chegando lá, havia somente uma guarnição formada por três bombeiros e nada mais.
Desde então, foquei em criar um Grupamento de Bombeiros Voluntários em Valinhos.

O que você viu e sentiu na Serra dos Cocais queimada? Qual a situação atual?
Vi uma área devastada que nunca pensei em ver de perto e muito menos em “nosso quintal”.
O degradê do cinza e preto ainda está viva em minha memória, infelizmente. O sentimento que senti foi de impotência e tristeza, afinal, a Serra dos Cocais é a nossa caixa d’água.
Hoje, está controlado e com focos de incêndio supervisionados para não se propagarem.

Para você, o que é preciso fazer neste momento?
Criar e treinar equipes, disponibilizar equipamentos para que possa ser feito um combate e controle de incêndio, e a parte principal: realizar rescaldo e vigilância nos locais afetados.

Leia anterior

Lula propõe fim do saque-aniversário do FGTS e busca ampliar crédito consignado

Leia a seguir

Piromania criminosa, inflamação do ego e a realidade sufocante