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Marta Bartira Meirelles fala sobre os benefícios da psicologia social utilizando a dança

“A dança pode ser um recurso, no trabalho com grupos em instituição, para possibilitar a saúde mental das pessoas”

Nessa semana, o Jornal Terceira Visão realizou uma entrevista com a dançarina e psicóloga com mestrado em psicologia social pela PUC São Paulo, Marta Bartira Meirelles, com o intuito de informar aos nossos leitores um pouco mais sobre a importância e as vantagens da psicologia social em conjunto com a dança.

A psicologia social é uma ciência que trabalha na relação entre o indivíduo e a sociedade através da mediação de grupos e instituições. “Minha principal atuação é o trabalho com grupos em políticas públicas municipais”, afirma Bartira. Atualmente a psicóloga participa da Coordenadoria Especial de Políticas para Mulheres, vinculada à Secretaria da Assistência Social da Prefeitura Municipal de Valinhos.

Através do formato de intervenção grupal, ela tratou famílias com problemas psicológicos, colaborou na implantação do Sistema de Treinamento e Desenvolvimento Organizacional com servidores da SS e do SUS e desenvolveu o Programa de Autoestima com servidoras e usuárias. Contudo, de modo crítico e acolhedor, orientou pacientes sobre medos, obstáculos de comunicação e atravessamentos sociais como o racismo, o machismo, a homofobia, entre outros preconceitos. “Ao tomarmos consciência desses aspectos tendemos a ter melhores processos, vinculares e comunicacionais, e resultados a favor da emancipação pessoal e social.”, ressalta Marta.

Além de atender pessoas de maneira ímpar, Bartira também é dançarina e considera que a dança foi um dos melhores presentes de sua vida, a tornou mais saudável e feliz. Por conta disso, compreendeu que a dança poderia ser um recurso para trabalhar com pessoas na abordagem de grupo, pois favorece a expressão dos sentimentos, a percepção corporal e pode ampliar a consciência das relações entre corpo e mente.

Marta conta que reencontrou uma paciente que atendeu há 17 anos, que comentou que os atendimentos psicológicos a ajudaram a ser uma pessoa melhor consigo e com os outros. “Durante as oficinas de dança no CAPS, fiquei feliz quando soube que uma cidadã que há tempos não sorria, sorriu”.

Recentemente escreveu um relatório psicossocial na CEPM, justamente, para avaliar o grau de eficácia do trabalho em grupo. Para ela, é necessário dialogar tanto com as gestoras como com os cidadãos que participam dos serviços. Afinal, é a população que paga os impostos para receber, por exemplo, atendimento psicossocial de qualidade.

Para finalizar, a pscicóloga agradece o constante aprendizado com a Prof.ª Dra Cecília Pescatore Alves, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Identidade Metamorfose (NEPIM) do Programa de Pós-graduação em Psicologia Social – PUC/SP. “Também agradeço muito os aprendizados com a coordenadora da CEPM, Marilene Santos, com a pedagoga Kleide Santos e com a querida Marivalda Correia de Melo”, concluiu Bartira.

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