À frente da Associação Comercial e Industrial de Valinhos, Eduardo Machado afirma compromissos com revitalizações do Centro
Por Bruno Marques
Eduardo Machado tem 51 anos, atua na indústria e comércio, com foco na produção e venda de instrumentais voltados à área médica, e como presidente da ACIV – Associação Comercial e Industrial de Valinhos -, concedeu uma entrevista ao Jornal Terceira Visão.
Quais suas experiências com o ramo de comércio empresarial e associação, antes de assumir a presidência da ACIV?
Minha trajetória sempre esteve ligada à atividade comercial. Já atuei nos setores gráfico, de comunicação visual e publicidade e propaganda, o que me proporcionou uma vivência ampla das realidades e necessidades do empreendedor.
No âmbito associativo, participei de outras gestões da ACIV como diretor e vice-presidente, além de integrar conselhos municipais e estabelecer parcerias estratégicas com entidades como o Sebrae. Essa experiência me permite hoje ter um diálogo maduro e colaborativo com diferentes esferas do poder público e da sociedade civil organizada.
Quais os principais pontos da relação entre a associação e o comércio valinhense você pretende abordar?
A ACIV existe para ser ponte e suporte entre o comércio e as políticas de desenvolvimento local. Nosso objetivo é ampliar a escuta ativa com os lojistas, fortalecer campanhas promocionais, oferecer capacitação de qualidade e fomentar um ambiente de negócios cada vez mais seguro e atrativo.
Queremos que o comerciante se sinta representado, assistido e valorizado, especialmente diante dos desafios do mercado atual.
Para você, quais as principais mudanças que devem ser feitas no Centro de Valinhos para que os comerciantes e consumidores locais possam ficar satisfeitos?
Já temos um planejamento estratégico estruturado por nossa gestão, que está sendo discutido pontualmente com o poder público para viabilizar melhorias concretas ainda em 2025: Estímulo ao uso de vagas de estacionamento, adequação e ampliação da iluminação pública, manter serviços públicos essenciais na região central estimulando a presença dos munícipes, reforço na segurança, além de ações de fomento comercial que atraiam o consumidor para o centro, devolvendo a ele sua vitalidade e importância histórica.
Além das implementações feitas, como o Estacionamento do Povo e a concessão de duas horas na passagem de ônibus fora da rodoviária, quais outras medidas você considera necessárias para revigorar o Centro?
É fundamental garantir continuidade e ampliação dessas conquistas. Queremos avançar na melhoria da ambiência urbana, com espaços mais acolhedores, arborização inteligente, sinalização clara e ações culturais e comerciais permanentes. O centro precisa se tornar uma experiência completa: de consumo, convivência e pertencimento.
O que a ACIV pode fazer em relação à segurança do Centro que, segundo discussão em sessão da Câmara, seria uma das principais reivindicações de comerciantes?
Segurança é, sem dúvida, uma das grandes prioridades. A ACIV atua como canal de escuta e encaminhamento das demandas dos comerciantes. Apoiamos a ideia da integração de sistemas inteligentes de monitoramento com uso de tecnologia e inteligência artificial, além de ampliar o diálogo com a Guarda Civil e a Secretaria de Segurança.
Segurança também se conquista com fluxo de pessoas e ocupação positiva do espaço público — por isso, eventos e ações no centro também têm papel importante nesse contexto.
Qual revitalização, efetivamente, você gostaria de ver na região central?
Queremos ver um centro que una identidade e funcionalidade. Isso inclui a modernização da estrutura de distribuição de energia e comunicação com cabeamento subterrâneo, eliminando os fios que poluem visualmente as ruas. Defendemos a adequação de todas as calçadas para garantir segurança e acessibilidade, um projeto de arborização planejado que contribua com conforto térmico e qualidade do ar, espaços de socialização “instagramáveis” que incentivem a permanência e o consumo, além da implementação de tecnologias de segurança. Também é essencial cuidar da estética e da manutenção: faixas bem pintadas, sinalização atualizada, limpeza constante. É nisso que acreditamos e é por isso que estamos trabalhando.