BANDA ROCK MEMORY MANTÉM A NOSTALGIA EM ALTO E BOM TOM

Conjunto veterano toca clássicos do Rock há 41 anos e se apresenta dia 30 em Valinhos

Por Bruno Marques

Com mais de 9 mil seguidores no Facebook, 41 anos de estrada, muita música e inúmeras histórias pra contar, a banda Rock Memory traz sempre boas lembranças aos valinhenses que puderam curtir a Parê Drinks. Pela ocasião do Dia Mundial do Rock, comemorado na última quarta-feira, dia 13, e também pelo show que o grupo tem marcado no próximo dia 30, no Country Club, o vocalista Fabio deu uma entrevista ao JTV contando sobre o passado e futuro do conjunto.

Quando a data do Dia do Rock foi oficializada (13 de julho de 1985) você tinha que idade? Ainda se lembra da representatividade que o gênero tinha naquela época? E de lá para cá, o que mudou?

Nasci em 1952. Então, nessa ocasião, eu tinha 33 anos. O Rock era dominante na mídia mundial. O que mudou é que outros gêneros acabaram crescendo muito mais do que o Rock, que ficou um pouco elitizado. Funk, pagode e sertanejo cresceram exponencialmente com a chegada do videoclipe.

Mudou, principalmente, a maneira como se consome música. Antes você só escutava a música e pronto. Hoje você ouve, vê o vídeo, fica teclando, trabalha, dirige, enfim, faz outras funções enquanto escuta.

Em que momento você se ligou na energia do Rock e como a mantém até hoje?

Eu me liguei na energia do Rock porque eu tive um irmão mais velho que curtia Elvis Presley, já tinha aquele cabelo, lambreta, e acabei indo na cola dele. Depois vieram os Beatles, eu fiquei maluco, comecei a tocar, e nunca mais parei.

Quais foram as bandas e artistas que fizeram parte da sua formação como músico? E hoje, o que costuma ouvir?

Os artistas que mais me inspiraram foram os que fizeram grandes melodias como os Beatles, Elton John, James Taylor, além de Rolling Stones e Emerson, Lake & Palmer, que é minha preferida dentre as bandas virtuosistas.

Por favor, conte um pouco sobre a sua trajetória individual, e a da banda Rock Memory. Qual a proposta do grupo?

Toco violão desde os 5 anos e cantei na TV com essa idade. Aos 12 formei a minha primeira banda, e o Rock Memory formamos em 1981. Neste ano completamos 41 anos de atividades.

Nossa proposta era tocar músicas de bandas que nunca viriam aqui. Naquela época (início dos anos 80) o Brasil devia para o FMI, deu calote, então ninguém vinha pra cá. Não tinha dólar pra pagar. O Brasil não era incluído nas turnês.

Então, tocar um som dos Beatles, Pink Floyd, Rolling Stones, ou do U2, fazendo de maneira perfeita, como a gente gosta de fazer, era algo capaz de fazer uma mágica grande.

O perfil do Rock Memory no Facebook tem mais de 9 mil seguidores e ostenta o título de “a mais tradicional banda cover de clássicos do rock”. Além dos 40 anos de estrada do grupo, quais outros aspectos poderiam justificar este posto?

Não ligamos para números. São pessoas que, organicamente, apareceram lá na página. Somos a mais tradicional porque estamos na ativa há 41 anos sem parar nem um mês.

Também não conheço mais nenhuma banda cover que tenha gravado disco sendo contratado por uma gravadora. E nós gravamos quatro álbuns para a Continental, que depois foi adquirida pela Warner.

E os quatro discos são: três discos de cover anos 60, 70 e 80, só de bandas internacionais; além de um disco autoral chamado Sozinho na Cidade que, a pretexto dos nossos 40 anos, foi lançado em todas as plataformas digitais pela Warner.  

O que você procura receber e o que procura proporcionar nos shows?

Procuramos proporcionar uma experiência nos shows de como se estivesse perto das bandas citadas. A gente toca os arranjos, os timbres e até as vozes, originais. O som, na medida do possível, é muito parecido.

Procuro receber a antena da pessoa. Que ela consiga captar aquilo com muita alma, porque fazemos isso porque gostamos mesmo. Não é pela grana e pela fama.

Vocês são da capital paulista, porém têm uma ligação histórica com Valinhos, certo? Quais as principais lembranças possuem daqui e o que esperam deste show do dia 30?

A nossa ligação com Valinhos é imensa. Nós tocamos muitas vezes na cidade, em eventos, e, principalmente, no Parê Drinks, que era uma coisa maravilhosa. Era um domingo imperdível na cidade.

As lembranças que tenho de Valinhos é de muita gente bonita, muita vibração, muitos hormônios no ar, e cada showzaço bacana. Já fizemos o tributo ao Parê Drinks antes da pandemia no Country Club, e agora vamos repetir a dose. Ficamos contentes em ver que a galera, mesmo depois de tanto tempo, ainda respeita e curte o Rock Memory.

Contatos:

Facebook: Rock Memory

Instagram: rockmemory

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