News

Fábrica que fazia chapéu do Indiana Jones dará lugar para complexo imobiliário

Estudo em análise pela prefeitura mostra que obras devem custar pelo menos R$ 50 milhões para 33,4 mil m² de construções em área de 5,2 mil m²

A antiga fábrica Chapéus Vicente Cury, que produzia em Campinas (SP) o acessório do personagem Indiana Jones, dará lugar a um condomínio que mistura atividades residenciais, comerciais e de serviços. A estrutura foi demolida na semana passada e o g1 teve acesso ao estudo de impacto de vizinhança (EIV) sobre o empreendimento protocolado junto à prefeitura e ainda sob análises.

O documento de 149 páginas diz que a estimativa inicial é de que as obras custem R$ 50 milhões.

A construtora informou que não se manifestará neste momento, uma vez que o projeto está em avaliação pelo Executivo, mas a reportagem apurou com representantes comerciais de que há uma projeção extraoficial de lançamento do empreendimento para o último trimestre deste ano. Além disso, o material oficial indica um cronograma de etapas construtivas ao longo de 32 meses de trabalho.

O que terá?

No local da fábrica icônica, segundo o estudo, serão construídos três subsolos para vagas de estacionamento e duas torres com 20 pavimentos cada. Eles estão divididos da seguinte maneira:

  • Os pavimentos térreos e sobreloja, comuns às duas torres, segundo o documento, terão áreas comerciais e parte da área de lazer.
  • Os demais pavimentos serão de usos residenciais e para áreas de lazer cobertas e descobertas.
  • O condomínio será composto por 150 unidades residenciais, duas lojas, um mercado, dois restaurantes, e quatro salas de cinema, que somam 33,4 mil m² de construções em 5,2 mil m².

Descrição do projeto por pavimento

  • 3º subsolo: estacionamento das unidades residenciais com 160 vagas;
  • 2º subsolo: estacionamento das unidades residenciais com 142 vagas;
  • 1º subsolo: estacionamento das unidades comerciais com 147 vagas;
  • Térreo: pavimento comercial com duas lojas e dois restaurantes;
  • Pavimento sobreloja: quatro salas de cinema, saguão operacional e banheiro do cinema;
  • Lazer residencial: lazer coberto, composto por salão de festas e lazer descoberto composto por praça, área gourmet e lounge;
  • 1º pavimento – Torre A: duas unidades habitacionais;
  • 2º pavimento – Torre A: duas unidades habitacionais;
  • 3º pavimento – Torre A: duas unidades habitacionais;
  • 4º pavimento – Torre A: duas unidades habitacionais, lazer coberto e lazer descoberto
  • composto por piscinas adulto e infantil e quadra poliesportiva.
  • 5º pavimento – Torre A: duas unidades habitacionais;
  • Do 6º ao 20º pavimento – Torre A: quatro unidades habitacionais por pavimento;
  • Do 1º ao 20º pavimento – Torre B: quatro unidades habitacionais por pavimento;

Áreas tombadas

De acordo com a Secretaria de Planejamento e Urbanismo, a construtora responsável pelas obras na região do Botafogo recebeu liberação para derrubar 7,5 mil m², com exceção de áreas que estão tombadas pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural da Cidade (Condepacc):

  • parte da fachada da Rua Barão Geraldo de Resende, a partir do portão de entrada até a esquina com a Rua Alberto Sales;
  • a esquina (curvatura do prédio) entre as ruas Alberto Sales e José Paulino
  • internamente, a chaminé;

Questionada sobre fiscalizações, a prefeitura alegou que a equipe técnica da Coordenadoria do Patrimônio Cultural acompanha os procedimentos no decorrer da obra, mas não há periodicidade.

“Ela é realizada quando começa a obra e quando termina”, diz texto.
Conteúdo:G1

Leia anterior

Vigilância de Saúde monitora surto de Covid-19 na ETECAP

Leia a seguir

Brasil vence Coréia do Sul em amistoso