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Dia Mundial da Doença de Parkinson: Entenda os sintomas, diagnóstico e tratamento

Além da idade avançada, outro fator de risco é a prevalência no sexo masculino, onde a proporção é de aproximadamente 4 homens para cada mulher afetada pela doença

Gabriel Previtale

Nesta matéria informativa, entrevistamos o neurologista, Dr. Abraão Angelim, da Clínica Concon, para explorar em detalhes a complexidade da doença de Parkinson (DP). Com muita experiência e dedicação no campo da neurologia, o Dr. Angelim oferece informações valiosas sobre os principais sintomas, fatores de risco, métodos de diagnóstico, tratamentos disponíveis e os desafios enfrentados no manejo dessa condição neurodegenerativa.

A doença de Parkinson (DP) é uma condição neurodegenerativa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, impactando não apenas os pacientes, mas também suas famílias e cuidadores. Para entender melhor essa condição e como ela é diagnosticada e tratada, vamos abordar os principais pontos relacionados à DP.

Especialista na área, neurologista Dr. Abraão Angelim nos dá as informações sobre a doença

Segundo o especialista, os sintomas da Doença de Parkinson podem ser divididos em motores e não motores. Entre os sintomas motores, destacam-se a bradicinesia (lentificação dos movimentos), tremor (tremor em repouso) e rigidez (aumento do tônus muscular). Além disso, nos sintomas não motores do Parkinson, existe uma variedade enorme de sintomas, que vão desde quadro de apatia, com transtorno psiquiátrico associado, depressão e outros. Como também os transtornos do sono, em que os transtornos do sono REM, são os que mais se expressam na maioria dos pacientes. E também a clássica anosmia ou hiposmia, que nada mais é do que a perda do olfato e, com isso, os pacientes perdem também algumas distinções de sabores. Outro sintoma comum, mas não menos importante, é a constipação.

Além da idade avançada, outro fator de risco conhecido é a prevalência no sexo masculino, em que vemos que a cada 1 mulher, temos 4 homens com a doença. Fatores genéticos também aumentam os riscos de Parkinson. Sabemos que um histórico familiar positivo aumenta em 2 a 3 vezes o risco de ter o mesmo diagnóstico. Além disso, exposição a pesticidas, poluentes e certos produtos químicos também podem aumentar o risco de desenvolver a doença, explica o Dr. Abraão.

O diagnóstico do Parkinson é clínico, baseado na avaliação dos sintomas e sinais pelo médico neurologista. Não existe um exame específico para diagnosticar a DP, mas diversos testes podem ser realizados para excluir outras condições.

Ainda segundo o médico, a Doença de Parkinson é uma condição progressiva, o que significa que os sintomas tendem a piorar ao longo do tempo. No entanto, a progressão varia de pessoa para pessoa e pode ser influenciada por diversos fatores, incluindo o tratamento e o suporte recebido.

O tratamento da DP visa controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Isso pode incluir o uso de medicamentos como levodopa, agonistas dopaminérgicos e terapias físicas como a estimulação dos gânglios da base (DBS). Terapias de suporte também são importantes, assim como o tratamento dos sintomas não motores.

Não existem medidas específicas para prevenir o Parkinson em si, mas hábitos de vida saudáveis, como dieta equilibrada, exercícios físicos regulares, sono adequado e estímulo cognitivo podem ajudar a reduzir o risco de desenvolver a doença. Embora haja pesquisas em andamento, ainda não existe uma cura para a doença. No entanto, avanços significativos têm sido feitos no tratamento dos sintomas e na compreensão da doença, completa Dr. Abraão.

Os principais desafios no tratamento da DP incluem a aceitação da doença, adesão ao tratamento e manejo dos sintomas ao longo do tempo. É importante que os pacientes e suas famílias estejam bem informados e recebam apoio adequado.

Em suma, a doença de Parkinson é uma condição complexa que requer uma abordagem multidisciplinar para o diagnóstico, tratamento e manejo dos sintomas. Com o apoio adequado, os pacientes podem ter uma melhor qualidade de vida e enfrentar os desafios associados à doença de forma mais eficaz, finaliza o entrevistado.

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