Nesta semana, participei da cerimônia de coroação da Corte da nossa Festa do Figo e Expogoiaba. Uma tradição bonita de nossa cidade que, como costumam fazer as tradições, traz símbolos e festa para nos lembrar quem somos, de onde viemos, o que aprendemos e as forças que reunimos para chegar aonde queremos. É para isso que servem as celebrações: para estarmos unidos, resgatar quem somos e passar adiante nossa identidade.
Nossas raízes são o que garante que a gente possa crescer. Sem base, nada se edifica. Sem raiz, nada se nutre. Os valores que nortearam imigrantes e trabalhadores do campo como Lino Busatto, que trouxe o figo para nossa cidade, são ainda os nossos valores. Trabalho, honestidade, família, desenvolvimento, Deus. Quando nos levantamos todos os dias para trabalhar, eu inclusa, antes de abrirmos os olhos já somos movidos por essa força e esses valores que nos antecedem. Que vêm de antes de nós, que vêm de todos os que passaram por Valinhos e aqui fizeram sua vida, deixaram sua marca, sua descendência, seu trabalho.
Algumas pessoas, poucas, gostam de lembrar com malícia de que não nasci em Valinhos, apesar de aqui viver e trabalhar a maior parte de minha vida. Essas, talvez, estranhem que eu fale de raízes. Como se não fossem raízes os dois filhos que Valinhos me deu. As décadas de vida e trabalho. Como se não fossem as raízes espalhadas e fortes o que garantiram o orgulho da colheita que é ter sido escolhida para servir como Chefe do Executivo. Como se não fossem raízes meus valores de trabalho, honestidade, família, desenvolvimento, Deus. Os mesmos da época de Lino Busatto, os mesmos de todos serviram nossa cidade antes de nós, os mesmos de todos que hoje saem todos os dias de casa para trabalhar e fazer nossa cidade crescer.
A figueira, símbolo maior de nossa cidade, também não é originária de Valinhos. Veio de outro continente, de uma terra banhada pelo Mediterrâneo. Mas aqui espalhou suas raízes, prosperou e fez prosperar. E é isso que celebramos.