Grupo Samba da Vila completa um ano de história e celebra o samba em Valinhos

Para marcar a data, o grupo se apresenta na quarta-feira, 23, a partir das 19h, no Colonial Massas

O Grupo Samba da Vila, de Valinhos, celebra no próximo dia 23 — Dia de São Jorge — seu primeiro ano de trajetória, mantendo viva a tradição do samba e conquistando espaço nos palcos da cidade e da região. O grupo nasceu de maneira despretensiosa e se transformou em uma das referências locais do gênero.

E para marcar a data, o grupo se apresenta na quarta-feira, 23 de abril, a partir das 19h, no Colonial Massas, local onde tudo começou. O restaurante fica na Rua São Paulo, 212 – Vila Santana, em Valinhos, e será palco da comemoração especial de aniversário, prometendo uma noite repleta de música, alegria e emoção.

SAMBA DA VILA CHEGOU

Por Daniel Romanetto

Samba da Vila chegou,

Alegria vai reinar.

Vem, que a roda se formou,

Todo mundo vai sambar. BIS

Na palma da mão eu vou,

Deixo a tristeza pra lá.

A batucada já esquentou,

E o samba vai começar.

Vem, vem ouvir nosso cantar Esbanjando simpatia,

Por onde passar.

Vem, vem se emocionar.

Samba da Vila já deu fruto,

E veio para ficar.

Como surgiu o Samba da Vila em Valinhos

A ideia surgiu a partir de um convite do saudoso Pivete, proprietário do Colonial Massas, que propôs uma roda de samba nas sextas-feiras do restaurante. Na época, o músico Mi Mazzini já animava o local com repertório variado, mas com a chegada do cavaquinho, o foco se voltou inteiramente para o samba.

Aos poucos, músicos amigos foram se juntando, como Vicente, que trouxe seu pandeiro — e mais tarde a própria família. Assim, as rodas foram ganhando corpo, alma e identidade.

Origem do nome e conexão com a Vila Santana

O nome “Samba da Vila” surgiu naturalmente, quando o grupo começou a divulgar suas apresentações. A escolha faz referência à Vila Santana, tradicional bairro de Valinhos onde a maioria dos integrantes nasceu, morou ou mantém fortes laços afetivos.

A criação de um logo e um uniforme — presente do próprio Pivete — ajudaram a consolidar a identidade do grupo.

Formação espontânea e repertório consagrado

Formado por amigos de longa data, o grupo não teve seleção: todos já se conheciam por afinidade e vivência musical. Atualmente, o Samba da Vila é formado por:

Mi Mazzini – violão e voz, Daniel Romanetto – cavaquinho, Vicente – Pandeiro, percussão e voz, Fabinho Musselli – surdo, Mírcio Signoreto – reco, Rogério Bueno – tamborim, Josiane – voz, Cecília – voz, Alan – repique de mão e Luana Marcussi – pandeiro. A formação pode variar conforme a ocasião, sempre com músicos parceiros que compartilham o amor pelo samba.

O repertório navega por sambas clássicos e contemporâneos, com nomes como Cartola, Clara Nunes, Adoniran Barbosa, Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, Revelação e Xande de Pilares.

Samba autoral e apresentações em Valinhos e região

O grupo também tem seu samba autoral: a canção “Samba da Vila chegou”, de composição de Daniel Romanetto, virou prefixo oficial das rodas. Neste primeiro ano, o grupo já marcou presença em bares de Valinhos e Campinas, Clube Rocinhense de Vinhedo, Clube Valinhense, Country Club, Festa do Figo, Matinês de Carnaval do Country Club, Praça Washington Luís e diversos eventos particulares.

Próximos passos e contribuição cultural

O Samba da Vila segue crescendo com leveza e dedicação. Embora não tenha pressa em lançar novos projetos, o grupo mantém a intenção de gravar, compor e expandir sua presença. “Tudo tem seu tempo. O que tiver que acontecer, vai acontecer”, afirmam os integrantes.

Valinhos e o papel do samba

Para os músicos, tocar samba em Valinhos é celebrar a identidade brasileira com alegria, resistência e história. “O samba tem o poder de unir, alegrar e emocionar. E é isso que queremos entregar a cada apresentação.”

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