News

“Senna bate forte”. 30 anos da morte de um herói nacional

Neste 1º de maio, Dia do Trabalhador, em primeiro lugar, Ayrton perdia a vida num acidente que comoveu o mundo

Por Bruno Marques

1º de maio de 1994. Muita gente se lembra desse momento: 14h17. Sétima volta do GP de San Marino, o fim de semana mais trágico de todos tempos na Fórmula 1. Circuito de Enzo e Dino Ferrari, cidade de Ímola, próximo a Bologna, na Itália.

Era dada a relargada da corrida, após um acidente logo na largada. Ayrton Senna segue na liderança, à frente de Michael Schumacher. Com o pé embaixo no acelerador, ele entra na curva Tamburello e, durante o contorno, repentinamente sua Williams sai da tangência e se choca violentamente no muro a mais de 200km/h.

“Senna bate forte”, anuncia lamentavelmente Galvão Bueno. No ângulo do choque, uma das barras de suspensão entra direto em sua cabeça, furando o capacete. Legistas que fizeram a autópsia no corpo de Ayrton Senna afirmaram que ele teve morte cerebral instantânea.

Ainda assim, após os socorros e trabalhos de pista, a corrida continua, pois, a direção de prova ocultou os fatos aos pilotos. Um deles comentou depois o quanto se sentiu mal ao passar tantas vezes sobre o sangue de Ayrton na pista sem saber. Um carro instável demais e uma possível quebra da barra da direção – que havia soldada pouco antes da prova -, teriam sido as causas do acidente fatal.

Ele tinha 34 anos. Os dez últimos na F1. O repórter Roberto Cabrini seguiu para o hospital para onde Senna foi levado. De lá, enviou – através de um celular – boletins sobre o estado do piloto. O país inteiro parou. Às 13h40 (horário de Brasília), anunciou o pior.

No dia anterior, Roland Ratzenberger morrera na pista durante a classificação. A justiça da Itália poderia ter interditado o autódromo para abertura de inquérito. Mas os dirigentes da F1 teriam omitido deliberadamente essa informação para evitarem o cancelamento do GP.

O governo brasileiro declarou três dias de luto oficial e concedeu honras de chefe de Estado a Senna.

Roland Ratzenberger

Rubens Barrichello

decola da pista e se choca violentamente contra a proteção de pneus ao lado da pista.

O carro de Rubens capotou por duas vezes e caiu de cabeça para baixo. O garoto é levado para o hospital, inconsciente. Seu diagnóstico foi de traumatismo craniano, fratura do braço direito, fortes contusões na coluna e do lado direito do tórax, fratura do nariz e contusões na face e boca.

O piloto não queria correr e ficou realmente abatido, pois ele “chorou no meu ombro”, disse o diretor médico da Fórmula 1 (da época) Sid Watkins. Sid continuou dizendo que “…pedi que ele não corresse… Então [ele] disse: ”Sid… eu tenho de ir adiante”.

Leia anterior

Operação Cata-Bagulho chega na região do Lenheiro

Leia a seguir

Dupla AGÔ é destaque após lançamento de primeira música