Crime ambiental voltou a ser pauta do vereador, que mostrou imagens de urubus no local e pediu providências
Por Bruno Marques
Na última sessão da Câmara, realizada na noite da terça-feira (18), a maioria dos vereadores estava mais agitada do que o normal. Os motivos para nervos um pouco mais aflorados levaram até a uma extensa reunião após o primeiro expediente, da qual alguns sequer voltaram para a apresentação da pauta do dia. Porém, com certeza, a agitação não aconteceu por mais um capítulo de um dos graves crimes ambientais que estão ocorrendo na cidade.
Henrique Conti (PTB) mostrou imagens de urubus em lago do Clube de Campo. Segundo ele, as aves estão lá evidenciando o esgoto que o local tem recebido do bairro São Bento que não está sendo tratado. O tema já havia sido abordado pelo vereador anteriormente. “O governo anterior fez uma estação de tratamento de esgoto no São Bento. Mas não funciona ou atua muito precariamente. É um crime ambiental e quem está poluindo é o DAEV. O governo está jogando esgoto no lago e nem a Cetesb, nem ninguém toma nenhuma atitude efetiva”, lamentou.
Alécio orienta vereadores a manterem veto da prefeita ao seu próprio projeto
Os vereadores mantiveram o veto parcial da prefeita Capitã Lucimara (PSD) ao projeto de lei que garantia pelo menos uma farmácia pública aberta 24h em Valinhos. O vereador Alécio Cau (PDT), autor da proposta, orientou os vereadores a manterem o veto após ele ter o compromisso do secretário da Saúde, Marcelo Cosentini, de que haverá um estudo para atender ao pedido do parlamentar.
“O secretário disse que há interesse da Administração em colocar esse projeto para funcionar, manter uma farmácia dentro da UPA. Sendo assim, eu entendo o veto parcial”, explicou Alécio.
A prefeita Lucimara alegou que a lei aprovada era inconstitucional por entender que apenas o Chefe do Executivo pode legislar sobre matéria desse tipo, que atribui competências a uma secretaria municipal. Por isso, vetou o trecho que obrigava a Prefeitura a deixar uma farmácia pública aberta 24h e manteve apenas o trecho que autoriza a celebração de convênio com farmácias particulares, para que elas possam fazer essa distribuição de remédios em horários fora do expediente público.
Na época em que o projeto foi aprovado na Câmara, o vereador afirmou que a intenção é atender a demanda de pacientes que passam pelo pronto-atendimento no período da noite ou fins de semana e que pegam receita médica. Nesses horários, conforme ele explicou, todas as farmácias públicas do município estão fechadas.
Educação e arte
Foi aprovado projeto de lei do vereador Fábio Damasceno (Republicanos), que cria uma Política Municipal para Acompanhamento Integral de alunos com Dislexia, Déficit de Atenção com Hiperatividade e outros transtornos. O objetivo é diminuir a evasão escolar, melhorar a evolução desses alunos no ensino, conscientizar a sociedade e investir na capacitação de professores.
Por sua vez, o vereador Veiga (União) sugeriu que a Prefeitura chame artistas da cidade para revitalizar a pintura de áreas públicas, como o túnel da Vila Santana. Segundo ele, a iniciativa pode inibir novos atos de vandalismo, além de prestigiar os profissionais da arte locais.
Questão de ordem!
André Amaral (PSD) apresentou moção pedindo mais segurança para pedestres no cruzamento da Rua Campos Salles com a Rua Benedito Campos, na região do Jardim América II. “Precisamos pensar em soluções para o local”. A questão foi tratada também pelo vereador Mayr (PODE), que afirmou: “Diariamente vemos acidentes e atropelamentos acontecendo lá. O dono da JC Turismo se comprometeu para comprar equipamentos para oferecer mais segurança no cruzamento”.
Tunico (União) solicitou recapeamento da Rua Tereza Von Zuben Angarten até a Rua Francisco Glicério, na Vila Boa Esperança. Segundo ele, moradores reclamam do estado precário da via e pedem providências. A justificativa é que o bairro tem mais de 50 anos e praticamente todas as suas ruas estão deterioradas. Mônica Morandi (MDB) reclamou de “falta de respeito” com o trabalho legislativo por parte da Prefeitura ao cobrar respostas para seus requerimentos.
Marcelo Yoshida (PT) reforçou pedidos de moradores do Parque Portugal e imediações da Rodovia dos Agricultores por mais segurança, instalando redutores de velocidade, radares e iluminação. O vereador também voltou a pedir segurança na UPA, após um funcionário ter sido violentado no local recentemente: “Trabalhadores relatam ser ameaçados e é obrigação do Executivo cuidar dos servidores”. Yoshida também lamentou o corte de horas da Prefeitura, o que, segundo ele, prejudicará três formações da GCM.
Alécio Cau (PDT) também pediu providência de estudos de engenharia de tráfego para o perigoso cruzamento entre as ruas Luís Bissoto e Domingos Tordin: “O Executivo precisa tomar alguma atitude porque também ocorrem muitos acidentes ali. O fluxo de veículos aumentou demais”. O vereador também cobrou diretriz que, segundo ele, existe desde 2015 e ainda não foi aplicada, sobre a construção de ciclovia no meio da Avenida Paulista interligando com a Rodovia dos Andradas.